segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CONVOCAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA VIOLÊNCIA EM SP

COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA E PERIFÉRICA DE SP


Ao Governo do Estado de SP
Ao Gabinete da Presidência da República
Ao Ministério da Justiça
À Sociedade Brasileira


As redes de familiares de vítimas diretas da violência, as organizações do movimento negro, os movimentos sociais do campo e da cidade, cursinhos comunitários, sindicatos, associações, saraus periféricos, posse
s de hip-hop, imprensa alternativa, partidos e várias outras entidades representativas da sociedade civil, organizados no COMITÊ DE LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA E PERIFERIA DE SÃO PAULO, diante da barbárie que vivenciamos em São Paulo, onde, desde de janeiro, mais de mil pessoas foram assassinadas, a grande maioria com evidentes características de execução e, pior, com indícios da ação criminosa de grupos de extermínio compostos por policiais e/ou agentes paramilitares ligados ao estado, exige:

• Imediata reunião com o Exmo. Sr. Ministro da Justiça, Sr. José Eduardo Martins Cardozo, e sua equipe – especificamente com esta frente ampliada e unificada;
• Imediata Audiência Pública com a presença do Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, Sr. Geraldo Alckmin, e do Exmo. Sr. Ministro da Justiça, Sr. José Eduardo Martins Cardozo;

Convocamos a toda sociedade brasileira, em geral, e a paulista em especial, a denunciar a violência do Estado e gritar por Justiça, Respeito e PAZ às comunidades periféricas, nos seguintes ATOS PÚBLICOS:

20 de Novembro – Marcha da Consciência Negra em SP – Cotas Sim, Genocídio Não, com concentração às 13h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, na capital paulista

22 de Novembro – Ato Contra o Genocídio, com concentração às 10h, na Praça da Sé – Centro - SP

Ato na Baixada Santista e no interior - Data a definir


São Paulo, 08 de Novembro de 2012


CONTATOS:

Débora (movimento Mães de Maio / Rede Nacional): 13-8124-9643

Douglas (UNEAFRO / Comitê ): 11-97550-2800 / 98138 - 3292

Juninho (Círculo Palmarino): 11- 9980-407244(vivo) / 97025-0442(tim)

Catarina (Coletivo Quem / grupo de psicólogos em apoio às vítimas): 11-98111-4483

Rapper Pirata: (Fórum Hip-Hop / Comitê / Campanha): 11-98216-2160


ASSINAM:


COMITÊ DE LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA – SP
FRENTE AMPLIADA E UNIFICADA CONTRA O GENOCÍDIO DE POBRES, PRETOS E PERIFÉRICOS
Anel / DCE-USP
Apropuc-SP
Associação Amparar
Associação de moradores do bairro Pq. América - Rio Grande da Serra
Associação Franciscana de Defesa de Direitos e Formação Popular - AFDDFP
Banco Comunitário Nascente (São Carlos-SP)
Blog Bola e Arte
Campanha “Eu pareço suspeito?”
Campanha Contra o Genocídio da Juventude Negra
Campanha Reaja ou Será Mort@ (Bahia)
CDH Sapopemba
Cedeca Interlagos
Cedeca Sapopemba
Central de Movimentos Populares (CMP)
Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante - CDHIC
Cidade Escola Aprendiz
Círculo Palmarino
Coletivo AnarcoPunk Diversidade!
Coletivo Construção (Diadema)
Coletivo Político QUEM
Coletivo Sarau da Casa
Coletivo Sarau Perifatividade
Coletivo Zagaia
Coletivo Zulmira Somos Nós
Comitê Popular da Copa
Comunidade Cidadã
Comunidades Unidas (Itaquera)
Conem – Coordenação Nacional de Entidades Negras
Construção Coletiva (PUC-SP)
Condepe
Contra-Maré
Cordão da Mentira
Consulta Popular
Cordão da Mentira
CSP Conlutas
Daruê Favela (Jd. Boa Vista)
Destrava-São Paulo
Espaço Cultural Latino Americano
Educação Cidadã
Escola Cidade Aprendiz
Escola de Governo
Espaço Cultural Latino-Americano (ECLA)
Família Rap Nacional
Força Ativa
Fórum Municipal de Hip-Hop
Frente de Lutas da Baixada Santista
FSP/USP
GEPEX-Unifesp Baixada Santista
Grupo Tortura Nunca Mais-SP
Instituto Helena Greco de DH e Cidadania (Belo Horizonte-MG)
Instituto Práxis
Jornal A Nova Democracia
Juventude Revolução
Kilombagem
LEAP/UfSCar
Levante Popular da Juventude
Luta Popular
Mães de Maio
Mandato Dep. Fed. Vicente Cândido (PT-SP)
Mandato Dep. Fed. Ivan Valente (PSOL-SP)
Mandato Dep. Est. Adriano Diogo (PT-SP)
Marcha Mundial das Mulheres
Movimento de Combate ao Tráfico de Órgãos Humanos
Movimento de Moradia do Centro (MMC)
Movimento de Moradia da Região Central (MMRC/CMP)
Movimento Nacional da População de Rua (MNPR)
Movimento Negro Unificado (MNU)
MNDH
Navozavez (Favela São Remo)
Núcleo Akofena (Bahia)
Núcleo de Consciência Negra da USP
Núcleo de Mães e Familiares da Violência do Estado Cantagalo / Pavão-Pavãozinho (RJ)
Observatório de Violências Policiais (OVP-SP)
Pastoral Carcerária
PCB
Promove Vila Albertina
PSOL
Quilombo Raça e Classe
Quilombo X (Bahia)
Rádio da Juventude (São Vicente-SP)
Rádio Várzea
Rede 2 de Outubro - pelo fim dos massacres
Rede de Comunidades e Movimentos Contra Violência (RJ)
Rede de Educação Cidadã
Rede Nacional de Familiares e Amig@s de Vítimas do Estado
Rede Rua
Rede 2 de Outubro
Revolução Preta
Santos Mártires
Sarau da Ademar
Sarau dos Mesquiteiros
Sarau Elo da Corrente
Sarau Perifatividade
Sindicato dos Advogados de São Paulo
Sindicato dos Metroviários - SP
Sinsprev/SP
Sintusp
SOS Racismo
Sujeito Coletivo
Tribunal Popular
UMES
UNEafro-Brasil
Vírus Planetário

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Jornada de Lutas - As cotas e os Direitos Negados ao povo negro.




O 13 de Maio representa para o povo negro o dia da falsa abolição da escravidão. Para nós, fica evidente que na prática a liberdade ainda não existe. Em 1888 depois de mais de 300 anos de escravidão, e de muita resistência dos negros escravos,  foi assinada uma lei que determinava o fim do trabalho escravo, mas em nenhum momento falava de reparação, de inserção na sociedade, de garantia de direitos, em 2012 é muito nítido que nada mudou. O povo negro continua submetido aos restos de uma sociedade com tanta desigualdade.
 Portanto, o 13 de maio não é dia de festa, nem de comemoração, e sim dia de lembrar que por trás de uma sociedade desigual em sua existência, existe uma estrutura racista que precisa ser derrubada. Nesse sentido, o comitê articulou uma jornada de ações, de lutas.

Vamos ás nossas ações :


10 DE MAIO - Ato pró-cotas - Ocupação Faculdade de Direito da USP

No dia 10 de maio, em uma ação que reuniu cerca de 300 militantes,  fizemos uma marcha que partiu da Praça da Sé- SP em direção a Faculdade de Direito da USP no Largo São Francisco, onde foi realizada uma aula pública sobre cotas e a questão quilombola. Na mesa estavam: Danilo Cruz estudante de Direito da USP e militante do Levante Popular da Juventude e do Fórum da Esquerda, Milton Barbosa e Reginaldo Bispo militantes do MNU- Movimento Negro Únificado, e Beatriz Lourenço da UNEafro - Brasil. Com a palavra de ordem CONTRA AS COTAS, SÓ RACISTAS! a ocupação deixou evidente a necessidade do debate da questão racial brasileira, e principalmente da necessidade da ocupação de espaços Racistas pelo movimento negro.

11 de Maio - Apoio ao debate do Núcleo de Consciência Negra na USP


O Núcleo de Consciência Negra na USP completa em 2012 25 anos de resistência dentro de uma das universidades mais elitizadas e racistas do Brasil. De encontro a isso vem as reiteradas tentativas de expulsão do Núcleo pela Universidade, que configuram uma perseguição ao debate e a tentativa de inserir o povo negro na Universidade. O debate sobre resistência Negra que aconteceu na data não deixa dúvidas sobre o papel do Núcleo, e da necessidade que lutemos para que o espaço seja mantido.


12 de Maio - Discussão, Panfletagem e Música na Cidade Tiradentes

 As periferias de SP são alvos princípais da Polícia que mata os jovens negros. Portanto, é fundamental nossa intervenção nesses espaços, uma vez que, a maioria de nós é parte dele. A Cidade Tiradentes é mais um espaço de resistência do povo negro, que participou da atividade.


Lembramos que o RAP é fundamentalmente objeto de resistência, que cria identidade para os jovens negros, potencializa a resistência.
A atividade aconteceu durante a tarde e se estendeu até o começo da noite.












1O DE MAIO:  Panfletagem nas missas da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e colagens pelas ruas do centro de SP. 





Em uma atividade de muito diálogo com as  mulheres pretas, recebemos diversos apoios que demonstraram o anseio dessas mulheres de serem lembradas como símbolo de resistência e luta do povo negro. Portanto, lembramos nesse dia das mães qual o papel das mulheres negras nessa sociedade e da necessidade de que combatamos o genocídio da população preta, o racismo e o machismo.

DIA DAS MÃES TAMBÉM É DIA DE MÃE PRETA!


14 de Maio - DEBATE NA PUC-SP




A militante Vanessa Nascimento deu uma aula de sensibilidade para o debate , de argumentação ideológica. A mesa foi composta pelo professor Pedro Serrano, professor da casa e pela defensora pública Maíra Diniz, e trouxe os aspectos jurídicos, e sociais do debate. A atividade foi organizada pelo coletivo Construção Coletiva do curso de Direito da PUC-SP.


Vanessa encerrou o debate com o chamado: "Se incomodem com o racismo, se incomodem com a falta do negro na universidade, venha para a luta por cotas já!          
Terminamos a jornada, lembrando que isso é parte de uma grande luta que estamos construindo!


SE PALMARES NÃO VIVE MAIS, FAREMOS PALMARES DE NOVO!

domingo, 15 de abril de 2012

PM mata jovem de 17 anos na COHAB 2 de Itaquera

Nosso povo sofreu nesse sábado, dia 14 de abril, mais uma baixa. O jovem negro Yago Batista dos Santos, de 17 anos de idade foi brutalmente assassinado por um disparo vindo de dentro de uma viatura da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Confira o texto de Beatriz Lourenço do Nascimento, militante do Comitê Contra o Genocídio da População Negra e da UNEafro sobre o caso:

14 de Abril de 2012, enquanto acontecia mais uma reunião do comitê contra o genocídio da população preta, mais um episódio que ilustra nossa pauta se concretizava.
No nosso caso, a ilustração pode ser entendida como mais um episódio do horror diário que vive a juventude preta. Mais uma vez tenho medo de me perguntar se isso um dia vai acabar. Respiro, concluo que esse modelo de sociedade não sobrevive sem a brincadeira diária de polícia e ladrão, de perseguidor e perseguido, do vivo morto.
Hoje, nós pretos morremos um pouco. Amanhã, estaremos mais mortos. E quando a vida se findar de fato, já estaremos mortos há tempos. Como resistir a tudo isso? Ou melhor, como resistir a isso se não nos colocarmos ao lado do nosso povo. Que a gente não se engane, a linha de frente da luta pela resistência negra não são nossas organizações do Movimento Negro. A linha de frente não é o militante. A linha de frente é esse pretinho que morre hoje. Não me atrevo a desqualificar nenhuma entidade do Movimento Negro, ao contrário, reconheço o quanto são fundamentais, por existir. A reflexão é outra.
É que a gente reconheça nossas feridas de morte, se encape da luta, se atire na frente, e se for preciso, que deixemos que atirem em nós. É de entender que o nosso espaço é fundamentalmente ao LADO ( e não a frente) dos nossos irmãos.
Pra além do pessoal, fica a angústia de alguém que sabe que amanhã morre mais um pouco. E tem medo (e é medo mesmo) de se perder, de se esconder da dor, e arranjar qualquer tipo de subterfúgio, pra fingir que não tá morrendo.
13 de Maio é logo aí, amanhã talvez. 13 de Maio é dia de lembrar que nada nos foi concedido, que tudo nos foi roubado, e que ainda assim, resistimos. E que a ferida tá aberta, que ela arde, mas quem vai ter que fechá-la, somos nós. Por nós.

Veja abaixo algumas notícias sobre o caso:

G1:  PM mata adolescente, e moradores bloqueiam rua em protesto em SP
Agora: PM mata adolescente com tiro em Itaquera e é preso
CBN: Adolescente morre após ser baleado no ombro por um PM em Itaquera
Agora São Paulo: Família e amigo de adolescente morto em SP contestam versão da PM
Terra: Governo de SP vai indenizar família de homem morto por PM

Os moradores, familiares e amigos de Yago estão organizando uma manifestação pacífica que será na missa de sétimo dia, no proximo sábado. Informaremos aqui os detalhes assim que possível. Caso você tenha alguma informação sobre deixe nos comentários para divulgarmos.

Nenhuma violência contra o nosso povo deve ficar sem respostas!
Basta de racismo!
Nosso povo quer viver!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Racismo no Carrefour: “Negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!”

Enfermeira afirma ter sofrido ofensas raciais depois de tentar trocar um aparelho telefônico com defeito. Diante de ameaças de agressão, segurança do Carrefour teria dito: “Negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!”


A enfermeira Sonia Maria Lofredo abriu representação criminal contra o Carrefour, nesta terça-feira (06). Ela afirma ter sofrido ofensas raciais depois de tentar trocar um aparelho telefônico com defeito. O fato ocorreu na loja que funciona no Shopping Eldorado, na cidade de São Paulo.

Por ter o pedido negado, a enfermeira atirou o aparelho contra o chão e se retirou. Ela relata que o gesto fez a vendedora dizer “a nega está maluca”. Ao perceber a ofensa, Sonia retornou e espalhou no ar os panfletos de publicidade da loja. Um dos agentes de segurança se aproximou e deu início aos constrangimentos.

“Ele falava baixo, tomando cuidado para que os outros não ouçam: ‘sua negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!’ E dava socos no ar, que passavam a milímetros do meu rosto. Aí, eu peguei o meu filho, subi as escadas rolantes e fui seguida por seguranças por três lances de escada até que eles me obrigaram a ir para uma salinha.”

Sônia estava acompanhada pelos filhos de 10 e 12 anos e um amigo das crianças, e teve de esperar na salinha até a chegada da Polícia. Como se recusou a entrar na viatura com os menores, foi escoltada até em casa e de lá seguiu para a delegacia sob a acusação de ter agredido uma funcionária.

Sonia revela que, não tendo provas que sustentassem a acusação, representantes do Carrefour decidiram não registrar ocorrência.

“Sendo negro, você já está acostumado a ouvir coisas do tipo ‘neguinha’. Agora, quando isso passa a permear suas relações de consumo, quando você deixa de ir a determinados lugares por receio de sofrer violência pela tua cor, é sinal de que a gente está vivendo numa sociedade sectária.”

Segundo o advogado Dojival Vieira, o caso – ocorrido em 13 de janeiro – foi registrado como suspeita de ameaça, injúria racial, constrangimento ilegal, violação de dois artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), denunciação caluniosa e falsa comunicação de crime.
Fonte: Radioagência NP

terça-feira, 6 de março de 2012

Escola de ensino infantil volta a ser alvo de pichações racistas em São Paulo


Por Fernando Knup

EMEI Guia Lopes volta a ser alvo de pichações racistas

A escola, que vem se destacando pelo valoroso trabalho de aproximação com país, alunos, ex-alunos e toda a comunidade acabou sendo novamente vítima de pichações dos que prezam uma única cor. Localizada no bairro do Limão, zona norte da cidade de São Paulo, O EMEI Guia Lopes acordou na manhã deste último sábado (3), com novas marcas de intolerância. Com suásticas, cruz celta e exaltação a ‘raça’ branca alguns radicais picharam a escola que atende crianças de 3 a cinco anos da região.
Estava marcado para esse sábado uma das rodas de conversa temáticas bimestrais realizadas entre corpo docente e pais para discutir temas relevantes ao convívio das crianças, neste encontro a temática do racismo e da diversidade foram novamente colocados em pauta com o título de “Encontro contra os desencontros”. Segundo professores da escola, que atende crianças de 3 a 5 anos, as atividades são guiadas pelas diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais (link: http://www.uel.br/projetos/leafro/pages/arquivos/DCN-s%20-%20Educacao%20das%20Relacoes%20Etnico-Raciais.pdf ) , que tem o objetivo de corrigir injustiças, eliminar discriminações e promover a inclusão social e a cidadania para todos no sistema educacional brasileiro, o que tem promovido a ira de grupos de extrema direita locais.

A roda costuma contar com presenças especiais, como grupos de rap, de reggae e outros grupos culturais. O encontro deste sábado contou com a participação do Movimento AnarcoPunk, grupo que realiza atividades relacionadas ao respeito as diferenças e em memória as vítimas da intolerância e que já havia participado do multirão de grafitagem da escola após as pichações realizadas por esse mesmo grupo no ano passado.

Muito simpática e orgulhosa da escola a diretora Cibele Racy afirmou que a EMEI é alvo dessas práticas graças ao trabalho de levantar temas relevantes para alunos e pais, entre eles as relações étnicas e raciais. “A escola fica em evidência por essas coisas (as pichações), mas na verdade o problema é que o trabalho que nós realizamos aqui é muito sério. Esse ano nós vamos ampliar nosso foco de trabalho, queremos um trabalho multirracial, por que temos alunos filhos de imigrantes bolivianos, orientais, negros, brancos, não fazemos apologia ao negro, trabalhamos a diversidade cultural. As crianças e os pais tem um carinho pela escola e é isso que nós queremos resgatar, essa relação da família com os professores e com a comunidade, queremos resgatar esse lado.”

Segundo um dos representantes do grupo AnarcoPunk, essas pichações são realizadas por grupos que praticam outros atos de violência pela cidade. “Essas pichações foram feitas por skinheads, que costumam usar esses símbolos como a suástica, a cruz celta. Ao resgatar o ensinamento da cultura negra e da diversidade, batendo nessa tecla contra o preconceito, automaticamente estes grupos racistas intolerantes se sentem incomodados. A gente vê o ato covarde quando uma escola onde só tem criança é alvo desses grupos, achando que estão fazendo terrorismo ao pichar. Aqui só tem crianças, a maioria dos professores são mulheres, tem funcionários negros. Nós acreditamos em um mundo onde caibam vários mundos, que tenha o respeito as diferenças, que seja contra o preconceito.”




No próprio bairro é fácil encontrar outras pichações deixando claro que existem grupos radicais no local. Na chegada a escola um morador removia uma suástica pichada na porta de sua mecânica, seguida dos dizeres “Orgulho Branco”, “apareceu essa madrugada, agente apaga porque senão podem pensar que fui eu que fiz” dizia o responsável pela mecânica que não quis se identificar por medo de represálias.
Segundo Johnny “esses grupos estão organizados, por isso se tornou frequente todo fim de semana ataques contra negros, moradores de rua, homossexuais, rappers, imigrantes, não é somente uma ganguezinha, eles tem apoio de políticos, eles tem costa quente, são filhos de pais ricos, que tem dinheiro pra advogado, por isso eles agem, por saber que a justiça não vai depor contra eles, eles fazem porque sabem que vão ficar impunes. Hoje eles picham, amanhã esfaqueiam um professor, matam a diretora, a mídia coloca como briga de gangue, temos que abrir o olho pra essas coisas, e onde localizarmos esses grupos denunciarmos, informar aos amigos, para não corrermos o risco de sermos as próximas vítimas.”



Questionada sobre como o trabalho da escola é prejudicado com essas ameaças, a diretora deixa claro que essas ações acabam aumentando a aceitação dos pais de alunos que entendem a importância do trabalho do corpo docente. “Apesar desse tipo de situação, agente só se fortalece.” , diz ela.

A escola já havia sido vítima de outras pichações de caráter racista no dia 16 de novembro de 2011, uma das pichações deixa clara a oposição ás práticas de ensino da escola com a frase ‘vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas’ acompanhada de uma suástica, um dos principais símbolos utilizados pelos adeptos da ideologia nazista.

Após as pichações, a escola organizou um mutirão de grafitagem no muro, permitindo que as crianças, moradores do bairro e grupos que discutem o estímulo a diversidade e o combate a intolerância interagissem e dessem o colorido as paredes da escola que tanto temiam os vândalos envolvidos nessas ações.
Um vídeo produzido pelo grupo AnarcoPunk que se solidarizou com os funcionários da escola pode ser visto por esse link: (http://www.youtube.com/watch?v=IO5KS_nDOyE&list=UUcmGd-_0bqvS1yHOvNh27Vg&index=5&feature=plcp) , mais sobre o trabalho da escola pode ser acompanhado através do blog (http://emeiguialopes.blogspot.com/ )



sexta-feira, 2 de março de 2012

Garoto de 15 anos é atingido por bala de policiais e perde o olho

Um adolescente que voltava para casa por volta das 21h, em São Miguel, na zona leste de São Paulo, parou para conversar com um amigo, próximo à um carro que tocava música alta, quando policiais da Força Tática chegaram atirando. Vinícius foi atingido no olho direito e perdeu a visão após o globo ocular ter explodido.


Os policiais acusados de terem disparado contra os jovens já deram duas versões para o fato ocorrido, no primeiro Boletim de Ocorrência, os tiros não foram mencionados. Já no segundo disseram disseram que atiraram no chão e que o garoto teria sido atingido por um homem que usava um estilingue.


A Polícia Técnica investiga a bala que ficou presa no olho do estudante, mas segundo testemunhas a versão do adolescente está correta, e acusam PMs de racismo, inclusive outro jovem diz ter sido atingido pela bala de borracha nas costas, mas não registrou B.O por medo de represálias.


Veja o vídeo:
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=16783&t=Garoto+de+15+anos+e+atingido+por+bala+de+policiais+e+perde+o+olho

domingo, 12 de fevereiro de 2012

11 de fevereiro de 2012
Marcha Contra o Racismo e Ocupação do Shopping Higienópolis, em SP.

"Por menos que conte a História,

Não te esqueço meu povo,

Se Palmares não vive mais,

Faremos Palmares de novo ! "



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

09 de Fevereiro: Ato Contra o Racismo

O Estado, racista, oprime a todos nós!

“Quantas guerras vou ter que vencer por um pouco de paz?”

Basta de racismo, “higienização” sócio-racial e criminalização da pobreza

Passados 124 anos da abolição da escravidão, a população negra continua sendo o alvo preferencial da violência do Estado e das elites brasileiras. Seja através das ações diretas do Estado, como a Polícia Militar, ou no cotidiano das relações sociais, o racismo segue como importante dinamizador da opressão e da barbárie no Brasil.

No curto período de 45 dias, em plena “virada de ano”, assistimos situações que não deixam dúvidas de que o racismo permeia e motiva ações de violência e desrespeitos à dignidade e aos direitos humanos da população.

Racismo em todos os cantos

No início de dezembro, todos souberam do caso de Ester Elisa da Silva Cesário, negra, de 19 anos, que trabalhava como estagiária no colégio Internacional Anhembi Morumbi a

té que sua chefe exigiu que ela alisasse o cabelo para permanecer no emprego. Pouco depois, um menino etíope, de seis anos, foi jogado para fora do restaurante Nonno Paolo ao ser “confundido” com uma criança de rua.

Já no início do ano, soubemos da lamentável história do jovem negro Michel Silveira, que foi preso de forma irregular, ficando dois meses encarcerado, acusado injustamente por um assalto, apesar de várias testemunhas comprovarem que, na hora do roubo, ele estava no seu local de trabalho.

No mesmo período, as imagens de outro jovem negro, Nicolas Barretos, sendo agredido por um policial militar racista, dentro da USP, ganharam as redes sociais expondo algo que há se sabe: a USP quer se manter como um espaço da elite (ou seja, branco). E para tal, inclusive, esta ameaçando de fechamento a principal entidade de combate ao racismo no seu interior: o Núcleo de Consciência Negra.



Cracolândia, Moinho, Pinheirinho: o racismo também esteve lá!

Enquanto isso, no centro da cidade, a Favela do Moinho “pegou fogo” e as 500 famílias foram jogadas a sua própria sorte. E bem perto dali, na “Cracolândia”, a prefeitura e o governo do Estado, ao invés de tratarem a dependência química como um problema social e de saúde, investiram na repressão e em sucessivos ataques, causando apenas, como eles próprios denominaram a operação, “dor e sofrimento”.

A mesma dor e sofrimento que foram enfrentados no Pinheirinho, em São José dos Campos, onde, depois de 8 anos de luta, seis mil pessoas viram seus sonhos e casas destruídos, pelo governador Alckmin e o prefeito da cidade apenas para beneficiar um corrupto confesso, Naji Nahas.

E não há dúvidas que o racismo também marcou estas histórias, como sempre, lado a lado com a exploração econômica e a marginalização social. Afinal, não há nenhuma dúvida sobre a “cor” da maioria dos homens e mulheres que viviam nestas comunidades: negros e negras.

Estado racista e opressor!

Lamentavelmente, o Brasil é um país onde cabelo liso é padrão estético e corporativo; pobreza é crime e problemas que deveriam ser tratados por médicos viram caso “de polícia”. Este é um país onde ser negro e pobre é passível de “punição”, prisão e morte. No entanto, nada acontece com o colégio que discriminou

nem com o restaurante que humilhou nem com o delegado que prendeu sem provas ou com o PM que atacou o estudante. Muito menos com quem ateou fogo ao Moinho, decidiu “dedetizar a luz”, tratando gente como ratos, ou esteve à frente da tropa que invadiu o Pinheirinho.

Nada acontece, porque a impunidade, a “justiça” e as autoridades do Estado estão do lado destes “senhores”, para garantir seus privilégios. O racismo brasileiro é isso: assassinato direto e indireto, maus tratos, falta de políticas públicas, desleixo, naturalização da desgraça, criminalização da pobreza.

Em todos os casos, em uma ponta, oprimindo e explorando, estão o Estado, os governos, a polícia, o judiciário, os interesses dos ricos e a manutenção de normas e padrões contrários ao povo. Na outra ponta, estão os pobres, a classe trabalhadora, as estagiárias, os agentes de saúde, os estudantes, os dependentes químicos, os sem teto, as mulheres vitimadas pelo machismo ou gays, lésbicas, bissexuais e travestis (LGBT) que sofrem com a homofobia.

Uma multidão de explorados e oprimidos que, num país como nosso, é inegavelmente, de maioria negra.

Basta!

Apesar de muitos acreditarem na farsa de que vivemos numa democracia racial, há 512 anos o racismo tem papel determinante na estrutura de dominação e na prática da opressão no Brasil. É hora de reconhecer isto e ir à luta.

É hora de nos organizarmos, juntarmos forças com os demais setores oprimidos e explorados, denunciarmos toda e qualquer atitude discriminatória e, sobretudo combatermos o racismo.

Em décadas de luta, fomos capazes de aprovar leis, criar organismos institucionais e produzir pesquisas e estudos que deslegitimam o racismo e punem sua prática. Mas, isto, contudo, ainda não foi suficiente para que negras e negros conquistem os direitos e a liberdade que merecem.

Os ataques recentes são provas de que racismo permanece ativo e operante. Por isso, exigimos que o Estado brasileiro (em todos os seus níveis, municipal, estadual e federal) e todos os que sejam coniventes e cúmplices destas práticas sejam responsabilizados e punidos!

"O Racismo está aqui! Basta!!!

Nossas bandeiras:

Contra o genocídio da juventude negra.

Contra a homofobia.

Contra o machismo.

Contra o encarceramento em massa.

Contra a violência policial.

Contra as desapropriações no pinheirinho e em outros locais.

Organização: Comitê Contra o genocídio da população Negra - SP

Assinam:

Amparar (Assoc. de Amigos e Familiares de Presos/as)
Anastácia Livre
Centro Acadêmico de Ciências Sociais Florestan Fernandes (Uninove)
Centro de Resistência Negra
Círculo Palmarino
Coletivo AnarcoPunk SP
Coletivo Anti-Homofobia
CONEN
Consulta Popular
Empregafro
Força Ativa
Fórum Popular de Saúde
FORUM DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA SÉ

Juventude Socialista
Levante Popular da Juventude

Mães de Maio
Movimento Negro Unificado (MNU),
Movimento Quilombo Raça e Classe,
MST

Núcleo de Consciência Negra na USP
Sarau da Brasa
Setorial LGBT da CSP-Conlutas
Sujeito Coletivo – USP
Tribunal Popular
UNEAFRO
UNEGRO

CALENDÁRIO

09 de Fevereiro: Ato Contra o Racismo - Em frente ao Teatro municipal de SP - a partir das 12h Agitação Cultural - 18h Ato político

21 de Março (Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial): Ato de Protesto em várias regiões de SP.

13 de Maio de Luta: Denúncia da falsa abolição da escravidão dos negros no Brasil. Participe conosco dessa luta!

CONTATO:

Blog: http://contraogenocidio.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Marcha Contra o RACISMO, a Higienização Sócio Racial e a Criminalização da Pobreza

DIA 11 DE FEVEREIRO

SÁBADO



Concentração às 14h

Praça do Metro Santa Cecília - SP


Clique AQUI e baixe o texto manifesto do Ato:

O Estado, racista, oprime a todos nós!

“Quantas guerras vou ter que vencer por um pouco de paz?”

Basta de racismo, “higienização” sócio-racial e criminalização da pobreza

Passados 124 anos da abolição da escravidão, a população negra continua sendo o alvo preferencial da violência do Estado e das elites brasileiras. Seja através das ações diretas do Estado, como a Polícia Militar, ou no cotidiano das relações sociais, o racismo segue como importante dinamizador da opressão e da barbárie no Brasil.

No curto período de 45 dias, em plena “virada de ano”, assistimos situações que não deixam dúvidas de que o racismo permeia e motiva ações de violência e desrespeitos à dignidade e aos direitos humanos da população.

Racismo em todos os cantos

No início de dezembro, todos souberam do caso de Ester Elisa da Silva Cesário, negra, de 19 anos, que trabalhava como estagiária no colégio Internacional Anhembi Morumbi a

té que sua chefe exigiu que ela alisasse o cabelo para permanecer no emprego. Pouco depois, um menino etíope, de seis anos, foi jogado para fora do restaurante Nonno Paolo ao ser “confundido” com uma criança de rua.

Já no início do ano, soubemos da lamentável história do jovem negro Michel Silveira, que foi preso de forma irregular, ficando dois meses encarcerado, acusado injustamente por um assalto, apesar de várias testemunhas comprovarem que, na hora do roubo, ele estava no seu local de trabalho.

No mesmo período, as imagens de outro jovem negro, Nicolas Barretos, sendo agredido por um policial militar racista, dentro da USP, ganharam as redes sociais expondo algo que há se sabe: a USP quer se manter como um espaço da elite (ou seja, branco). E para tal, inclusive, esta ameaçando de fechamento a principal entidade de combate ao racismo no seu interior: o Núcleo de Consciência Negra.



Cracolândia, Moinho, Pinheirinho: o racismo também esteve lá!

Enquanto isso, no centro da cidade, a Favela do Moinho “pegou fogo” e as 500 famílias foram jogadas a sua própria sorte. E bem perto dali, na “Cracolândia”, a prefeitura e o governo do Estado, ao invés de tratarem a dependência química como um problema social e de saúde, investiram na repressão e em sucessivos ataques, causando apenas, como eles próprios denominaram a operação, “dor e sofrimento”.


A mesma dor e sofrimento que foram enfrentados no Pinheirinho, em São José dos Campos, onde, depois de 8 anos de luta, seis mil pessoas viram seus sonhos e casas destruídos, pelo governador Alckmin e o prefeito da cidade apenas para beneficiar um corrupto confesso, Naji Nahas.

E não há dúvidas que o racismo também marcou estas histórias, como sempre, lado a lado com a exploração econômica e a marginalização social. Afinal, não há nenhuma dúvida sobre a “cor” da maioria dos homens e mulheres que viviam nestas comunidades: negros e negras.

Estado racista e opressor!

Lamentavelmente, o Brasil é um país onde cabelo liso é padrão estético e corporativo; pobreza é crime e problemas que deveriam ser tratados por médicos viram caso “de polícia”. Este é um país onde ser negro e pobre é passível de “punição”, prisão e morte. No entanto, nada acontece com o colégio que discriminou

nem com o restaurante que humilhou nem com o delegado que prendeu sem provas ou com o PM que atacou o estudante. Muito menos com quem ateou fogo ao Moinho, decidiu “dedetizar a luz”, tratando gente como ratos, ou esteve à frente da tropa que invadiu o Pinheirinho.

Nada acontece, porque a impunidade, a “justiça” e as autoridades do Estado estão do lado destes “senhores”, para garantir seus privilégios. O racismo brasileiro é isso: assassinato direto e indireto, maus tratos, falta de políticas públicas, desleixo, naturalização da desgraça, criminalização da pobreza.

Em todos os casos, em uma ponta, oprimindo e explorando, estão o Estado, os governos, a polícia, o judiciário, os interesses dos ricos e a manutenção de normas e padrões contrários ao povo. Na outra ponta, estão os pobres, a classe trabalhadora, as estagiárias, os agentes de saúde, os estudantes, os dependentes químicos, os sem teto, as mulheres vitimadas pelo machismo ou gays, lésbicas, bissexuais e travestis (LGBT) que sofrem com a homofobia.

Uma multidão de explorados e oprimidos que, num país como nosso, é inegavelmente, de maioria negra.

Basta!

Apesar de muitos acreditarem na farsa de que vivemos numa democracia racial, há 512 anos o racismo tem papel determinante na estrutura de dominação e na prática da opressão no Brasil. É hora de reconhecer isto e ir à luta.

É hora de nos organizarmos, juntarmos forças com os demais setores oprimidos e explorados, denunciarmos toda e qualquer atitude discriminatória e, sobretudo combatermos o racismo.

Em décadas de luta, fomos capazes de aprovar leis, criar organismos institucionais e produzir pesquisas e estudos que deslegitimam o racismo e punem sua prática. Mas, isto, contudo, ainda não foi suficiente para que negras e negros conquistem os direitos e a liberdade que merecem.

Os ataques recentes são provas de que racismo permanece ativo e operante. Por isso, exigimos que o Estado brasileiro (em todos os seus níveis, municipal, estadual e federal) e todos os que sejam coniventes e cúmplices destas práticas sejam responsabilizados e punidos!

"O Racismo está aqui! Basta!!!

Nossas bandeiras:

Contra o genocídio da juventude negra.

Contra a homofobia.

Contra o machismo.

Contra o encarceramento em massa.

Contra a violência policial.

Contra as desapropriações no pinheirinho e em outros locais.

Organização: Comitê Contra o genocídio da população Negra - SP

Assinam:

Amparar (Assoc. de Amigos e Familiares de Presos/as)
Anastácia Livre
Centro Acadêmico de Ciências Sociais Florestan Fernandes (Uninove)
Centro de Resistência Negra
Círculo Palmarino
Coletivo AnarcoPunk SP
Coletivo Anti-Homofobia
CONEN
Consulta Popular
Empregafro
Força Ativa
Fórum Popular de Saúde
FORUM DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA SÉ

Juventude Socialista
Levante Popular da Juventude

Mães de Maio
Movimento Negro Unificado (MNU),
Movimento Quilombo Raça e Classe,
MST

Núcleo de Consciência Negra na USP
Sarau da Brasa
Setorial LGBT da CSP-Conlutas
Sujeito Coletivo – USP
Tribunal Popular
UNEAFRO
UNEGRO

CALENDÁRIO

09 de Fevereiro: Ato Contra o Racismo - Em frente ao Teatro municipal de SP - a partir das 12h Agitação Cultural - 18h Ato político

21 de Março (Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial): Ato de Protesto em várias regiões de SP.

13 de Maio de Luta: Denúncia da falsa abolição da escravidão dos negros no Brasil. Participe conosco dessa luta!

CONTATO:

Blog: www.contraogenocidio.blogspot.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Memória do Encontro de 18/01 - UNIDADE NA LUTA ANTIRRACISTA EM SP - 2012

Compas,

Ontem, dia 18/01/12, apesar da forte chuva em SP, conseguimos realizar um ótimo encontro que reuniu cerca de 60 pessoas, representantes das principais organizações do movimento negro paulista, movimentos populares, estudantis, partidos de esquerda e ativistas independentes. O intuito da reunião, conforme convocação feita pelo Comitê de Luta Contra o Genocídio foi de organizar uma grande ação unificada em torno da luta contra o racismo, mediante a conjuntura de opressões que estamos vivendo em SP e no Brasil.

Após amplo debate e vários apontamentos e propostas (listadas abaixo), avaliou-se a necessidade da construção de uma resposta a altura para a conjuntura de ofensiva racista. Essa resposta, em forma de ação e manifestação deverá ser construída a partir da unidade e da mobilização dos diversos grupos dos movimentos populares e setores organizados da sociedade.

O início destas ações se dará, conforme deliberado ontem, a princípio, a partir das seguintes ações/calendário:

ATO CONTRA O RACISMO – 09 de Fevereiro – Quinta feira

Agitação e propaganda a partir das 12h00

ATO POLÍTICO às 18h

Local: Em frente ao Teatro Municipal de São Paulo

Próxima Reunião do Comitê: Terça Feira – 24/01 – 19h

Local: Rua Abolição, 167 – Bela Vista - SP

CONSTRUÇÃO DE UM DOCUMENTO/TEXTO: A ideia é que seja assinado pelas organizações e que será o material a ser distribuído à população no dia do Ato, está sob a responsabilidade de uma Comissão. O conteúdo deve ser elaborado e aprovado até o próximo final de semana (Via Net). (COMISSÃO: MARI – UNEGRO; MARI – NCN; BIA – UNEAFRO; DOUGLAS – CACSFF; FLAVIO – CONEN; JUNIOR – COONSULTA; MARISA – TRIBUNAL; WILSON - Quilombo Raça e Classe)

22/01 – Participação das atividades em apoio à Favela do Moinho (neste local).

25/01 – Participação nas atividades de repúdio às ações do Estado na “Cracolândia” - Manhã – Praça da Sé / Tarde – Região da Luz.

Propostas a serem encaminhadas a partir do próximo Encontro:

- Confirmação de um amplo calendário que preveja encontros ordinários do COMITÊ, e a partir daí, formação de Comissões para cumprimentos de tarefas;

- Retomada da intervenção à ALESP e Câmara de Vereadores no sentido de cobrar responsabilidade do Estado;

- Retomada e atualização do Dossiê sobre o Genocídio da Juventude Negra, e seu encaminhamentos a Fóruns Internacionais de Defesa de Direitos Humanos;

- Organização de Seminários, Encontros de Formação, debates e estudos nas diversas regiões.

Calendário de mobilização;

- Ação dirigida às Escolas de Samba;

- Mapeamento das diversas organizações, grupos, movimentos, saraus e e outroas formas de organização/luta espalhados em todo o estado, no sentido de constituir um grande Bloco da ação e resistência antirracista;

- Debate sobre adesão aos 18 pontos da pauta unificada (Construída no processo do 20 de Novembro 2011);

- Elaboração de um chamado à Unidade com os demais movimentos em luta;

- Articulação com os artistas da Virada Cultural e forma de atuação nesta atividade;

- Organização de trabalho de comunicação, elaboração de vídeos, intervenção mais incisiva em redes sociais, entre outros;

ORGANIZAÇÕES REPRESENTADAS NA REUNIÃO DE 18/01:

MNU

UNEAFRO

CONEN

UNEGRO

Força Ativa

Quilombo Raça e Classe

NCN-Usp

Tribunal Popular

Levante Popular da Juventude

Consulta Popular

Coletivo Anastácia Livre
Fórum Regional de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente - Sé

Sujeito Coletivo – USP

Amparar

Coletivo AnarcoPunk SP

Cacs Florestan Fernandes – Uninove

Sarau da Brasa

EmpregueAfro

Psol

Pstu

Psb

DIVERSOS MILITANTES AUTÔNOMOS/INDEPENDENTES

Faltou algum?

ATÉ TERÇA!